É verdade. Eles estão certos. Somos fracassados sim. Fracassamos ao pensar que a inteligência pudesse ser o mais importante em uma pessoa. Que os níveis de raciocínio ou rapidez mental são felizes ao classificar os indivíduos em inteligentes e não-inteligentes.
Às vezes, sinto-me uma tola por duvidar disso tudo. É só que não consigo acreditar que algo seja capaz de medir a quantidade e a qualidade das informações que alguém possui dentro de si. Afinal, saber e conhecer têm significados distintos. Completamente. Resolver cálculos com destreza, participar de discussões e ler livros de sociologia, por exemplo, não nos torna sábios. Saber tem a ver com viver; com nossas experiências, com o que somos ou com o que temos a acrescentar no mundo. Não acho que isso seja bom, que fique bem claro. Até porque, sem o conhecimento eu não estaria escrevendo esse texto agora. Mas, a maneira como este é usado, infelizmente, é fato.
Na minha concepção, o conhecimento deveria ser desejado; nós temos que ansiar por ele, e quando o tivermos, devorá-lo, incorporá-lo. Sem competições, comparações e julgamentos. Temos que conhecer por vontade própria, sem obrigações. Só assim é possível unir inteligência e sabedoria sem equívocos. E sem mudar o que somos.
A sabedoria me parece algo tão belo para ser deixado de lado dessa maneira. Saber ouvir, ver, acreditar. Saber compreender e observar. Saber viver. Realmente, chegar nesse estágio deve ser pleno. E seguiremos tentando. Usando nossos conhecimentos e inteligência à nosso favor para suavizar essa nossa jornada que se chama vida. Afinal, palavras bonitas não causam efeito algum se não forem usadas no momento ideal.
No fim das contas, inteligência e sabedoria são naturalmente conflitantes. Mas, chegou a sua vez agora. Sim, a sua vez, Caro Leitor. Vocês acreditam que qual dessas duas possa ganhar essa batalha? Ou será que não haverá uma só vitoriosa? Façam suas apostas.
0 comentários:
Postar um comentário