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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Sentir é pensar sem ideias.

Pensar demais doi. As horas parecem não passar e o cansaço é certo. Esse texto nada mais é que uma tentativa, e minha, de descrever essa ideia que não quer sair. Já me deparei com vários escritores tentando entender "qual é" a dessa tal inspiração, que parece agir por vontade própria. Pois é, pelo jeito não estou sozinha por aqui.
De tanto procurar na gavetas empoeiradas do meu cérebro, acabei me perdendo mais ainda. Passei horas pensando e viajando em vão. Há um verso, ou alguns, prontos aqui dentro de mim, eu tenho certeza. Posso sentir as palavras ordenadas  em minha memória, dançando a "dança dos parágrafos", da maneira mais graciosa possível. E nada. Toda vez que pego minha caneta preta de sempre e olho para as folhas brancas, nada acontece. Ah, que angústia é essa? Meus dedos não conseguem parar; parar com essas frases perdidas. O que eu posso fazer? Esqueci de desligar o botão da sensibilidade e encontro-me aqui, pensando sobre pensamentos.
Sinto muito. Também não fui capaz de entender o que acontece comigo, ou conosco. No fundo, deve ser assim mesmo. Cada pessoa herda do mundo aquilo que merece. E a mim, coube essa mania. A mania de pensar demais.


"Gastei uma hora pensando um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia desse momento
inunda minha vida inteira."
Carlos Drummond de Andrade.

1 comentários:

Lucas disse...

Haha.. Só posso concordar com você, e "como pensa demais", sempre pesando os atos, as palavras, nada é por acaso. Você continua a mesma,se me permite dizer, com uma armadura um pouco mais reforçada e refinada,um outro "algo" pra se distrair,mas na essência continua sendo a de sempre =).
Como voce mesma ja disse em algum dos teus textos, a mudança vem para todo mundo, mas talvez o bom (ou mal, ainda não sei) é que talvez sua grande mudança seja não mudar.

Beijos,
Lu.

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