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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Ter saudade é melhor do que caminhar sozinho .

Não podemos negar aquilo que sentimos. Tudo que vivi continua em minha cabeça como se o passado pudesse ser recapitulado. Eu realmente não sei o que acontece, mas parece que quando a saudade aperta; minhas lembranças são os únicos sentidos que podem enxugar minhas lágrimas e me mostrar o caminho a percorrer. E é por isso que eu não quero me livrar delas tão cedo. Nem adianta questionar. Apesar de todos meus arrependimentos é bom ter uma imagem sua para relembrar. Perceber que alguma coisa pode ter sido aproveitável. E sorrir. Talvez essa seja a atitude mais adequada em momentos como este.
Melhor parar, não estou nos meus dias mais inspiradores. Entretanto, vim registrar aqui; publicamente, que sempre haverá um espaço em meu cérebro para os bons momentos que tive ao lado das pessoas que mais amei. Por mais que elas não estejam mais aqui para saber disso. Ou não queiram. Mesmo assim eu ainda posso agradecer por ter estado, mesmo que durante milésimos de segundos, nos pensamentos de alguém. Independentemente dos julgamentos que elas fizeram de mim, eu também já me senti desprezada. Deve ser por isso que eu insisto em ficar lembrando meu passado: lá, tudo é pensado da maneira mais doce e suave possível e, eu ainda posso, mudar alguns detalhes e criar a continuação da história.
Sinceramente, meu encéfalo é o arquivo mais empoeirado e fascinante de todo o mundo. Ou pelo menos, do meu mundo.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Não tenha medo da perfeição. Você nunca vai atingi-la .

Procurei em todos os lugares o significado de perfeição. E as palavras que encontrei para defini-la eram realmente muito bonitas e complexas, mas fiquei extremamente decepcionada quando me dei conta de não existe nenhum ser digno de pertencê-la. Segundo minha pequena pesquisa, o adjetivo perfeito designa aquele que reúne todas as qualidades; que não possui defeitos; ideal, impecável; excelente. Completo, absoluto, total.Agora respondam-me, caros leitores: vocês conhecem alguém assim tão superior que possa ser chamado de perfeito? Doce ilusão.
Mesmo depois de já tirar minhas próprias conclusões, fiquei intrigada em saber por quê então, buscamos características inalcansáveis? Não consigo entender o que se passa na mente humana. Parece que em pleno século XXI ainda insistimos em praticar a tortura. Seja com o corpo, o cabelo, com o jeito de falar, vestir, andar ou pensar, todos sempre querem ser diferentes. Este é o problema: aceitar suas próprias qualidades e não saber controlar os defeitos. Não estou dizendo para os indivíduos deixarem de ser vaidosos, mas que eles saibam até onde suas escolhas são saudáveis. Enquanto buscarmos as mudanças e as mesmas forem benéficas à nossa saúde mental, talvez a perfeição não se torne uma cultura. Limite. Tudo que fazemos deve ser limitado, moderado, controlado, por mais que o fanatismo tome conta de nossas ideias. E quando acontecer, serve analisar os fatos e ver que toda a beleza física é uma percepção. Os olhos podem ver aquilo que querem e do modo como desejam. Talvez seja por isso que eles sejam os órgãos mais instigantes do organismo. As emoções, pensamentos e sentimentos podem ser simplesmente revelados através de um olhar. Perigoso. Ele também pode nos fazer culpados, feios, incapazes e tantos outros vocábulos negativos. Quando nos damos conta disso, chegamos ao principal: a vida é perceber.

Perceber que não há bonito ou feio; inteligente ou burro; normal ou estranho; louco ou lúcido; há somente visões distintas da mesma coisa. Distintas e verdadeiras. Cada um carrega a sua verdade o que não o torna, necessariamente, dono dela.
Bloqueamos nossa capacidade de enxergar a diversidade de pessoas que estão conosco e quão belas elas são. E o mais importante: como elas podem mudar nossas vidas, com simples gestos e poucas palavras. Todos somos incríveis e independentemente da aparência, temos que aprender a transformar o que não apreciamos em experiências para lidar com todas as cobranças que a sociedade nos impõe. Não existem estereótipos para a felicidade. Somente há a vontade de aproveitar cada momento e fazê-lo eterno. Afinal, a perfeição está em poder viver um dia de cada vez, respirando fundo e procurando respostas para as questões que ainda não compreendemos. Portanto, permita-se: dance, pule, cante, mude, faça, seja, fale, ACONTEÇA. De nada vale buscar o biotipo ideal e perder aquilo que temos de mais precioso: o tempo. Não podemos perdê-lo com tanta futilidade que há à nossa frente se temos tantos outros desafios a enfrentar. Eu sei que é difícil não se adaptar ao mundo e seus conceitos. A maioria das vezes também me sinto coagida a ser e agir como os padrões doutrinam. Todavia, eu não consigo mentir. Muito menos para mim mesma. E por isso me conformei com o que sou. Fazer o quê, vocês teram que me aceitar assim, repleta de imperfeições e defeitos (vale ressaltar que eu nao seria nada sem eles).
Precisamos de humanos e não de capas de revista. Apenas VIVA.


"Adoramos a perfeição, porque não a podemos ter; repugná-la-íamos, se a tivéssemos. O perfeito é desumano, porque o humano é imperfeito" - Fernando Pessoa.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Não tenho estilo, tenho muita coisa para dizer. E digo.

Li certa vez em um daqueles sites de astrologia que meu nome carrega a personalidade de alguém que vive só. Intrigada com tal fato, comecei a observar se eu realmente sou uma pessoa solitária. Por incrível que pareça, descobri mais do que imaginei que pudesse. E na verdade, não é tão ruim conviver com a solidão, já que ela me faz aprender e aguçar meu lado autocrítico. De tanto refletir sobre as coisas que acontecem comigo e com todos à minha volta, fiquei surpresa com a mudança de comportamento que o ser humano sofre ao longo de sua existência.
É claro que todo esse assunto não surgiu do nada, pois já havia pensado em escrever sobre o tema. As idéias para realizá-lo; porém, afloraram em minha mente depois que passei horas lendo A Metamorfose, de Franz Kafka (provavelmente você nunca ouviu falar, mas eu realmente recomendo a todos os amantes da filosofia). Enfim, depois de ter me inspirado com uma história fascinante, estou aqui para provar a nossa incapacidade de perceber como o tempo passa diante de nossos olhos. Eu sei que pode parecer muito individualista ficar contando minhas próprias experiências, entretanto espero que alguém em algum lugar do universo possa se identificar e não se sentir só, como me encontro agora.
Quantos aqui já estiveram assustados com a mudança de atitudes de outros indivíduos? E ainda arrisco afirmar que muitos já se frustraram quando encontraram seus velhos amigos agindo de modo estranho e às vezes incompreensível. Mas, ao contrário dos outros textos (os quais muitas consideram depressivos e negativistas), vim para declarar que sou completamente a favor de que as pessoas se transformem. Não estou ficando louca. Sei bem como é árduo ter que aceitar que seus amigos, pais, maridos, namorados e conhecidos mudaram. Como é nostálgico olhar para aquele ser e não reconhecê-lo mais. Não dá para mudar os fatos, então acostumar-nos-emos com eles (olha a erudição). Brincadeiras à parte; proponho que você, lendo meus pensamentos, corra diante de sua própria linha do tempo e perceba como a vida te moldou; quantas coisas você deixou para trás e quantas palavras foram esquecidas e totalmente perdidas. Incrível tudo isso, não é mesmo? Em particular, sou fascinada pelo ser humano e suas reações diante de certas situações e, por este motivo, continuo em busca do sonho de um dia poder estudá-lo por completo. Enquanto não chego lá, fico tentando me conformar com o pouco que possuo.
Pouco, mas não menos profundo. Sinto-me outra Talita agora. Não sou mais a mesma de ontem, nem a mesma do segundo anterior. Visto-me de modo diferente; mudo minha caligrafia; escuto músicas distintas; aprecio livros de psicologia e falo de um modo que nunca havia feito antes. E como se não bastasse: prossigo sem me conhecer por dentro. Talvez seja por isso que cada expiração me deixe mais intrigada ainda.
Enfim, posso repousar realizada por ter me provado que todas as mudanças físicas são somente o reflexo das mentais. O mundo mudou seu modo de pensar e seus habitantes se adaptam do modo que podem. Essa é uma questão que vai além da Seleção Natural. Perdoe-me; querido Charles Darwin, mas sua louvável teoria não faz menção a uma das mais belíssimas características humanas: a possibilidade de pensar. E sem mais explicações, limito-me e pedir desculpas aos meus amigos por tê-los magoado com minhas constantes e estúpidas mudanças. Aproveito para ressaltar que passo a amá-los ainda mais, por entender que eles estão se renovando a cada momento, tornando-se mais fortes e batalhadores. Sigo meu caminho, descobrindo mais uma das minhas mil faces: a paixão por escrever.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Sou poeta de parede .

Eu sou um nada. Nós somos nada. Não! Eu não estou aqui para fazer algum tipo de conjugação verbal, e sim para falar de algo que me acompanha desde o primeiro suspiro: a auto-cobrança.
Novamente a vida me decepcionou e acho até que já me acostumei a dizer isso. E por incrível que pareça, não me considero mais uma pessoa azarada. Hoje, eu me sinto confortável e satisfeita com todas as experiências que tive e com toda a análise que fiz delas. Chorei sem ter motivo; tive raiva dos meus pensamentos; ouvi músicas e me imaginei em outro lugar; senti medo do incerto; exigi muito mais de mim do que deveria e, infelizmente, pensei que fosse desistir. Difícil ter que admitir isso, mas é a verdade mais cruel de toda minha vida. Entretanto, sinto-me pronta para colocar um ponto final nesta angústia e pular para a linha debaixo.
Literalmente. Cansei dessa mania de comparação que todo mundo insiste em praticar. Será que ninguém percebeu ainda? Eu tenho sentimentos! Sou alguém que se ofende, tem raiva, ama, odeia, mas que só deseja ser tratada como um humano e aceita com todos seus milhares de defeitos. Eu estou mais saturada que uma cadeia de hidrocarbonetos que possuem somente ligações simples! Chega de manter o controle. Não vou me policiar mais e ser simpática como antes. Entendam-me! E não me julguem. Sou simplesmente um alguém entupido de emoções, que se acumulam e não acham suas saídas. Não esperem que eu me desculpe pela grosseria porque me sinto distante do significado desta palavra. Simplesmente impus meu limite. E agora estou aqui para cumprir com minhas obrigações, porém, a única coisa da qual não preciso é mais alguém me dizendo o que fazer. Eu já cobro o suficiente dos meus resultados e não acredito que isso seja ruim. A cobrança (moderadamente) traz um ânimo para correr atrás dos sonhos, e quem sabe realizá-los. Tenho até medo de dizer ‘moderadamente’ porque estou ciente do quão impossível é manter o equilíbrio. E claro, eu não sou a pessoa mais adequada para comentar sobre esse assunto.
É estranho falar isso, mas algo me diz que um dia acharei a recompensa.
Talvez eu sempre acabe falando a mesma coisa, mas lembrem-se que esse não é meu intuito. Desta vez eu terminei de escrever este texto aliviada e com a certeza de que não me livrarei tão cedo desse sentimento de culpa. Todavia, enquanto ele estiver me dando mais vontade de lutar por aquilo que acredito, espero continuar sentindo-o e vivendo minha ilusão da maneira mais surreal possível, livre de intervenções ou opiniões desnecessárias. E as cobranças? Ah, continuarei pagando suas prestações dia após dia.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

You may say i'm a dreamer .

A arte de imaginar. Quer algo mais complexo que passar horas e horas; noites e dias pensando e formulando hipóteses sobre coisas que você adoraria que acontecessem? Pois é, bem vindos ao mundo da fantasia.
Hoje, neste dia extremamente chuvoso, fico me perguntando até que ponto eu devo manter a distância entre meus sonhos e a realidade ou se devo considerá-los como o primeiro passo para a realização. A resposta para essa questão? Eu não tenho e nem o Google conseguiu solucionar então, decidi compartilhar minha dúvida com todos vocês.
Verdade mesmo é que não seria possível viver sem fugir um pouco dessa tal de realidade tão cruel. Imaginem como seria deitar toda noite e não pensar em nada. DEFINITIVAMENTE NÃO! Eu preciso de refúgio na hora que coloco minha cabeça no travesseiro e tento esquecer os assuntos frustrantes que me acompanharam durante todo o dia. É, olhando por esta outra perspectiva, já me considero dependente dos meus próprios sonhos. São eles que me levam para os lugares os quais sempre quis estar; são eles que me trazem as pessoas que eu queria ter ao meu lado (e nem sempre posso, infelizmente); são eles que me fazem acreditar em coisas que jamais aconteceriam e que ninguém nunca me decepcionará. Enfim, meus sonhos (e acredito que os de toda a humanidade) são meu mundo paralelo, onde tudo sempre tem seu lado bom e todas as derrotas são transformadas em sorrisos. É o lugar onde minha alma pode se expressar livremente, onde a Talita realiza seus desejos mais estranhos sem dever explicações à ninguém; e  principalmente, livre de qualquer culpa.
Depois de algumas horas colocando meus neurônios para funcionar, comecei a perceber que os sonhos são o combustível das grandes descobertas e sem eles, os indivíduos tornam-se frios e vazios. Então, por mais que as pessoas que visitam nossos sonhos nunca tenham a oportunidade de saber a importância delas em nossas vidas, é essencial que todos possam (por mais que seja somente por algumas horas) ser livres e amar sem precedentes, como se nada fosse acabar e as histórias mirabolantes fossem de verdade.
E neste momento, o que eu mais desejo é recostar sob minha cama e viajar até meu interior; fazer tudo aquilo que eu não teria coragem acordada (perigoso) e viver, à minha maneira, o meu próprio conto de fadas.

“ Every man has his own especial dream, and your dreams’ just about to come true. Life’s not bad as it may seem if you open your eyes to what’s in front of you” (Dreamgirls ♥).