Pages

domingo, 25 de setembro de 2011

Diversificando a solidão.

Eu posso ter errado,
posso ter escolhido o pior caminho
e acreditado em mentiras terríveis.
Eu fiz tudo e agora sou nada.

Tentei mudar os fatos ao meu redor,
O mundo; e mudei a vida, minha vida confusa.
Várias pessoas atravessaram; rapidamente, minhas ruas,
e nenhuma delas quis me ajudar a levantar.
Eu estava no chão, sim.
Caí no piso mais fundo que já conheci,
na consciência, caí.

Conheci expressões amigas, distantes, reais.
Eu fiz de tudo e pouco mudou.

Entre linhas, papeis e sonetos eu encontro reflexos.
Uma imagem nova; fria, vazia.
Eu me encontro aqui; em vírgulas, pontos e rabiscos,
implorando por uma companhia. 
Que não diga nada, não julgue, não minta.
E nada.

Pedindo para que, por favor,
você não me deixe
só.



Obs: Meu primeiro poema, o primeiro de muitos (espero).

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Deixe o mundo mudar você e você poderá mudar o mundo.

Por Bruna Correia.
O que antes era profundo, hoje é superficial e o que era externo agora já não existe mais. Ver e rever cada passo, detalhes que fazem das coisas ainda piores, já que agora o complexo não passa de um devaneio e a verdade de uma sina.
A cada novo passo me distancio ainda mais da verdade, pois esta é representada por aqueles que lutam e que, por vezes, por anos ou por vidas; nos esquecendo deles, distanciando-nos, isolando-os e por fim, e ainda mais cruel, domesticando-os a almejar nossas mentiras.
Já não sei se isso é uma ilusão, mas acredito já ter visto a verdade, as pessoas de verdade.
As informações relatadas acima são confusas, porém, retratam-me, quando me refiro a superficialidade. Exponho a minha maneira de ver o mundo e esta consiste em tentar interpretar as pessoas ao meu redor, assim como suas atitudes; quanto ao profundo,  a como eu imaginava que as coisas deveriam ser.
Por enquanto me proponho a analisar. Posso não ser ninguém para julgar, e não sei se um dia chegarei a sê-lo, mas ainda assim o faço. Tento ver como poderia mudar tudo, resolver tudo. Ingenuidade talvez, ou uma busca desesperada por ferramentas que afetem as pessoas de verdade, aquelas que realmente lutam para viver, aquelas que não têm tempo para pensar em política, pois ocupam-se em sustentar os pilares da nossa sociedade com sua força de trabalho.
Vê-las é como me sentir real, é saber como se caracteriza o mundo da maioria; miséria e ignorância até quando for conveniente.
Ao andar embaixo de pontes, pontos de ônibus, postos de saúde ou bairros pobres, verá como é terrível não poder comprar educação, saúde ou até condições que julgamos básicas para sobreviver. Mas de certo verá um sorriso, verdadeiro, sofredor e sincero. Agora deixo a seguinte pergunta: quantos desses você vê no seu dia-a-dia?
Caso ainda não tenha desistido de ler esse texto, você pode estar se perguntando: e o que você pretende fazer? Mudar o mundo? Sair da sua casinha confortável e ir morar embaixo de alguma ponte para sentir sua chamada verdade?
Quero crescer, estudar e com isso futuramente tentar mudar alguma coisa, achar soluções, uma válvula de escape, só não sei como ainda. E se tudo isso não passar de um delírio, será um belo delírio romântico no qual me entregarei.
Talvez termine minha vida pobre e louca, mas sei que se puder mudar alguma coisa, qualquer coisa, terei conquistado o que sempre quis: a liberdade dos meus tormentos interiores.


A Bruna é realmente uma pessoa incrível. A situação pode ser das piores, mas ela nunca perde o brilho no olhar. E é por isso que eu admiro a sua coragem, Brunex s2