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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Do latim, hypocrisis.

Cheguei com uma novidade. Não só para vocês; mas, pelo que percebo, para toda a humanidade. Antes de tudo, fiquem atentos à ironia. Tomei uma dose extra de cinismo hoje pela manhã, já que o Rivotril não está mais fazendo efeito.
Não entendo se são as pessoas à minha volta, que estão cada vez mais fúteis ou se sou eu, cada vez mais insatisfeita, o problema dessa história. Sei que alguma coisa anda errada. E a culpa é da Revolução Francesa, meus amigos. Isso mesmo. Ela chegou de mansinho, derrubando a Bastilha e germinando as ideias de fraternidade, liberdade e igualdade e pronto, estava feita a... confusão. Igualdade. Será mesmo?
Por favor, não julguem. Não estou contestando os Direitos Humanos, tampouco sou a favor da exploração das pessoas. O que quero dizer é que essa igualdade perante às leis (em negrito, para vocês enxergarem bem) não significa que alguém possa ser idêntico ao outro. Eu sei, pode parecer óbvio demais para alguns de vocês (e registro minha reverência e meus aplausos aqui). Há indivíduos, contudo, que ainda acreditam que chegarão a ser o reflexo perfeito de alguém (em pleno século XXI).
Ó Criaturas Pensantes, encostem-se em suas confortáveis cadeiras e se preparem para a novidade. Vocês até podem continuar se esforçando, mas nunca terão a mesma vida de outra pessoa. Porque, infelizmente para vocês, todos nós somos e sempre seremos completamente diferentes.
E mais uma vez, não seja radical, Leitor Querido. Nós não somos capazes, apesar do telencéfalo desenvolvido, de viver sem admirar certas pessoas e sem nos influenciarmos por seus comportamentos. Por exemplo, eu posso ser fã da Beyoncé e, por mais que meu imaginário tente, eu nunca terei uma voz tão incrível quanto a dela, nunca dançarei como ela e nem de longe e com miopia terei coxas lindas e grossas como as dela (chega a ser até piada tendo em vista meu porte físico de minhoca). Ou ainda: posso ser louca por Freud e Fernando Pessoa. Poderia passar minha vida inteira só lendo suas obras. E, mesmo com toda a fixação, eu nunca obteria os mesmos resultados de Freud e meus textos nunca teriam o mesmo brilhantismo de Pessoa. Porque, aqui, quem vos fala é a Talita, são minhas ideias e meus sentimentos.
Então, lembremos: o desejo de querer ser igual a alguém é pura ilusão. Não passa de um trabalho muito bem feito pela nossa imaginação, que só serve para nos desviar de quem realmente somos. Por isso, você pode até tentar escrever esse mesmo texto com a sua caligrafia e chamá-lo de seu. Acontece que, por trás dessas palavras, há somente uma autora. E assim sempre será.
Chega de hipocrisia.

2 comentários:

Isabella Ribeiro. disse...

Com todo o respeito: PUTA QUE PARIU, apenas.

DuKe disse...

Se todos fôssemos iguais, que graça teria? todos teríamos as mesmas qualidades, os mesmos defeitos, reagiríamos da mesma maneira a um fato... seria um desastre total na vida humana!

ps: Quem quer ser igual a todos na questão física sugiro que reencarne como um chinês... U.u

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