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domingo, 30 de dezembro de 2012

Dose dupla.

Às vezes acho que tenho um coração no lugar do cérebro,
porque eu posso sentir as batidas;
posso sentir a dor de pensar sentindo
e a sensação de sentir pensando,
contidas no espaço de uma contração.

Enquanto os outros usam suas cabeças para pensar na vida,
a minha quer sentir.
Sente a perda, a culpa e a saudade.
Sente o adeus, o medo e a verdade.

E assim, todo verso fica pequeno;
toda poesia, incompleta.
Pois aqui dentro há dois corações
que pulsam sem compasso e pedem pra ir embora.
Só.

Uma pena que eu não saiba pensar,
não saiba ir sem desejar voltar.
Só deixar para trás, sem olhar para os lados.
Esquecer.

Mas eu não sei esquecer,
só sei querer.
Querer que volte, querer que pare, querer que fique.
Querer o antes, querer agora, querer um sempre.

Para sempre.

2 comentários:

DuKe disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
DuKe disse...

Ah, o sono me fazendo escrever bobagens novamente! O Álcool não produz esse efeito, logo concluo que o Álcool é menos prejudicial do que o sono.

Bom, sobre a poesia posso apenas comentar que nosso maldito coração devia se preocupar apenas em bombear o sangue para o corpo, a responsabilidade por tomar as decisões do que fazer ou não, por quem se apaixonar ou não, o que esquecer ou não, cabe ao nosso amado cérebro!

Já dizia o poeta Homer Simpsom: CÉREBRO IDIOTA!! TOME ISSO!

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