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sexta-feira, 8 de junho de 2012

Existo onde não penso.

Esses meus textos medíocres devem fazer parte do processo. Comecei 3 ou 4 parágrafos e nenhum deles me satisfez. Apeguei-me demais às minhas palavras e, quando elas não vêm, a frustração é certa. E foi essa irritação que, mais uma vez, me fez virar a folha, respirar fundo e tentar de novo. Andei pelos textos antigos, pelos meus primeiros rascunhos, e nada apareceu.
Então, pesquisando sobre Freud, pude começar a entender. Quer dizer, pesquisando não é o termo ideal. Mais exatamente, eu fui procurar minhas palavras foragidas em algum lugar e acabei encontrando com Freud. Uma frase, especialmente, não me largou desde então. Ela resumiu tudo que eu tentei compor durante a semana toda - e não consegui.
Depois dela, não tive dúvidas de que estava no caminho certo. Era só uma questão de aceitar que há certas coisas na vida que não são possíveis de escrever, narrar ou versificar. Aceitar que sentir é deixar de pensar por um instante e se encher de lembranças, de sonhos, de atitudes. E essa, deve ser a hora na qual eu largo o papel e a caneta e me deixo escrever por algo novo, tão intenso quanto meus parágrafos e que me faça existir.

Algo que me complete. É isso.


"Existem momentos na vida da gente, em que as palavras perdem o sentido ou parecem inúteis e, por mais que a gente pense numa forma de empregá-las, elas parecem não servir. Então a gente não diz, apenas sente" - Sigmund Freud.

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