Pages

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

É de batalhas que se vive a vida .

Tantas coisas para falar e pouquíssimas expressões capazes de demonstrar o que sinto com clareza. Meus dias sem vocês, amados leitores, têm sido extremamente chatos e monótonos; até o momento em que aproveitei minhas horas para escrever sobre o que penso. Acho até que já perdi a prática com os textos, e me perdoem se ocorrer algum erro.
E dessa vez não será tão fácil. Parece que há alguma coisa dentro de mim, que amarra meu coração e sufoca meus sentimentos. A verdade é que não sei exatamente o que isso representa, mas talvez eu faça idéia do por quê está aqui.
Sempre gostei das mudanças, sejam elas de ambiente ou de personalidade. Entretanto, algo ainda não me fazia esquecer os anos anteriores, e por incrível que pareça, eu quis estar neles novamente. Pode ser complicado para entender, mas tem coisas que me prendem àquele lugar, àquelas pessoas, àquela rotina e tudo o que ela me fez viver. É estranho perceber e compreender as sensações que tenho e os medos que terei que enfrentar. De tudo isto, só me resta aceitar a realidade de que não pertenço mais ao passado.
Relembrar não será a melhor maneira para seguir em frente. Mas não tenho outra opção. Reviver minhas lembranças é o único modo que encontrei para me confortar diante das situações e ter o prazer de ser feliz como eu fui antes. Até das angústias, tristezas e decepções eu sinto falta.
Talvez, quando esse texto for publicado eu já não esteja me sentindo tão vazia como agora. Quer dizer, o que mais desejo é que esse furacão de emoções passe logo e, claro, não deixe muita destruição para trás. Assim será mais fácil, ou menos doloroso, construir e trazer alegria e boas energias nos novos locais por onde estarei. E não importa se eu não permanecerei ao lado de todos que amo, a necessidade de que o tempo passe sempre estará em primeiro lugar. Não há como lutar contra a maré, muito menos em sua época de cheia. Inútil.
O pior de toda a história é que eu nunca poderei esquecer os bons momentos que já tive naquele tempo. Por mais que eu me esforce a cada minutos mais, eu não sou capaz de apagar os fatos. Viverei com eles, então. Sem sofrimentos, sem dores, sem arrependimentos. Chegou a hora de mudar de capítulo, escrever novos contos; com novas palavras; novos conflitos. Eu sei que posso me superar. Todos nós podemos. Melhor que prosseguir aqui relatando o que passou, é mudar minha postura e transformar minhas lágrimas em sorrisos, já que elas ficam sem sentido neste momento. O segredo é respirar fundo e seguir buscando minha felicidade em todas as curvas da vida, em todos os caminhos que ela me oferecer; deixar as memórias e construir um futuro, antes que fique tarde.
Viver é esperar por mudanças, e mesmo que suportá-las torne-se por vezes, ameaçador, fugir não é a melhor decisão. Preciso de um tempo para recompor minha canção, ciente de que a partir de agora ela já não terá a mesma melodia.

1 comentários:

Caio Coletti disse...

E ela voltou em grande estilo! Que texto maravilhoso, Talita! Como sempre, muito pessoal e muito universal, a um mesmo tempo. Essa é uma particularidade muito encantadora de você e de sua escrita.

Impossível contar quantas vezes eu já me vi sentido falta de um tempo que já passou, como você disse as coisas mudam e nunca todos os aspectos dessa mudança nos agrada. Mas essa é a graça da vida: tentar suportar o insuportável, para enfim alcançar o inalcançável. A felicidade.

Abraços! ;D

Postar um comentário